Já reparou que cada pessoa tem suas preferências, manias, neuroses, seus gostos e hábitos? Nosso ego nos leva a achar que nosso jeito de fazer as coisas é o único correto e que todos os outros estão errados, assim como cada religião quer acreditar que a sua verdade é a única.
Aquilo que acreditamos depende muito até mesmo dos nossos órgãos dos sentidos. Citando a reflexão do belga André Van Lysbeth, você já parou para pensar que, para um abutre, o odor de uma carniça em decomposição, o mesmo cheiro que para você causa ânsia, deve ter um perfume incrível e criar a mesma salivação que você tem com aquele seu prato preferido? Faz mesmo sentido criticarmos quem tenha um gosto diferente do nosso?
Cada pessoa é um ser único: um quebra-cabeças de condicionamentos, emoções, valores e ideais. Cada um responde de forma diferente aos mesmos estímulos, cada um enxerga o mundo por uma ótica um pouco diferente. E tudo isso reflete uma única coisa: o passado.
Você é uma média ponderada de todas as experiências que teve na vida e como lidou com elas, das pessoas com quem se relacionou, das escolhas que fez. Somos seres condicionados, fadados a repetir os mesmos padrões eternamente... a não ser que nos reeduquemos.
Quando somos crianças, recebemos a educação em casa, na escola, nos livros e na TV. O ser humano aprende muito pelo exemplo, pela observação. Nos primeiros anos de vida, somos verdadeiras esponjas absorvendo todas as experiências para referência futura. A vida cheia de altos e baixos e conflitos que você assistia nas novelas passa a ser modelo para os seus futuros relacionamentos. A arte imita a vida ou será o contrário?
Mas se você continua lendo até aqui, é porque não é mais criança. Já tem idade suficiente e o poder para fazer suas próprias escolhas. Busque novas referências, novas opções, faça outras escolhas, viaje e descubra novos exemplos de que o mundo não se resume àquilo que está registrado nos seus arquivos pessoais. O mundo mudou muito desde sua infância, é hora de você também mudar. Vamos criatura!
